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domingo, 10 de julho de 2011

Passeio pelo Lago de Como

Deixei um post só para as fotos desse passeio de barco que fiz da cidade de Como até Ballagio... dia de luz, festa de sol e o barquinho a deslizar... pelas verdes águas do imenso lago. Enquanto isso minha mente vagava pelos portos aonde o destino me levou... no silêncio, o barco singrava aquela imensidão... momento para uma prece de corpo e alma. Agradecimento a todos e a Deus.  Passamos por pequenas cidades, uma ilha que funciona como um balneário (Isola Comacina), villas, mas nada de acontecer o milagre que desejei...ver George Clooney... mas vi muita, muita beleza, tanta que não cabia nas vistas e nem na alma...  foi um dia quase perfeito!







Como – a cidade à beira do lago.

Eu queria passear por diferentes regiões, mas sem aquele desespero do turista que quer tirar uma foto em cada monumento. Então visitei o blog www.interata.squarespace.com, para ver dicas sobre alguma cidade interessante no Norte. A melhor foi a seguinte: os turistas costumam ficar em Milão e fazer um passeio de um dia na região do Lago de Como(40 min de trem).  Faça diferente: hospede-se numa das cidades à beira do lago e vá passear um dia em Milão.  Acerto maior não poderia existir. São muitas cidadezinhas e cada uma mais bela. Gostei das fotos que ele fez e da descrição sobre a cidade que dá nome ao lago – Como (www.interata.squarespace.com/jornal-de-viagem/2006/11/29/lago-de-como-a-40-minutos-de-milo.html), onde decidi pousar minhas asas de andorinha cansada. Fica na parte de cima da “bota”, já quase fronteira com a Suíça, entre os Alpes e o vale do rio Pó. Ouve-se pouco a língua italiana e é diferente de tudo o que vem à nossa mente quando imaginamos a Itália.
Pelo que eu li, achava que era uma cidade bem pequena, mas decidi um dia sair andando sem rumo e cheguei a uma zona residencial onde foi difícil achar o caminho de volta!
Com o clima um pouco mais ameno, enche-se de turistas dos países vizinhos e notei por lá algo inusitado: muitos casais em lua-de-mel, geralmente acompanhados de um cachorro e muitas famílias jovens com vários filhos pequenos e uma quantidade maior ainda de cachorros, o que pressupõe que a cada ano eles retornam para renovarem as juras de amor... e fazem outro filho. É um povo que aprecia a arte da procriação e de criar cachorros.
A cidade parece bem pacata, o oposto de Milão. O meio de transporte que predomina é a bicicleta, usada democraticamente por crianças, idosos, pessoas elegantes se dirigindo ao trabalho e turistas passeando.
Assim que cheguei descobri uma pracinha chamada Alessandro Volta, com sorveteria e restaurantes agradáveis.
Os passeios imperdíveis são de barco para Bellagio e de funicular para Brunate, uma Villa no topo da montanha, que se alcança através numa subida que eu chamaria de desafiadora aos nervos de quem tem medo de altura – não é o meu caso, então aproveitei ao máximo a vista belíssima do lago.
Melhor que palavras – imagens. Ei-las!









sábado, 2 de julho de 2011

Costa Amalfitana: Sorrento, Capri e Amalfi

Há tempos tive um sonho, em que eu estava numa casa encravada numa montanha, olhando o mar... Alguém me sugeriu ir à Itália – a voz de um anjo. Na programação da primeira viagem, inclui a Costa ou Costiera Amalfitana,  que é uma estrada em volta das montanhas da região chamada Campania, considerada Patrimônio Mundial da Humanidade.  A estrada é uma série de curvas sinuosas, que em muitos trechos só permite a passagem de um carro – mas é de mão dupla. Então, um dos dois encosta no paredão da montanha e o outro passa, beirando o abismo. É pura e genuína “emozione”!
Cheguei à região por Sorrento, cidade do Golfo de Nápolis conhecida dos meus ouvidos pela famosa “Torna a Surrento”. Era um fim de tarde depois da visita Pompéia e meus pés ferviam sob os sapatos desejando água fresca para se banharem. Encontrei o paraíso num dos hotéis mais agradáveis que já me hospedei, o Grand  Hotel Vesuvio (www.vesuviosorrento.com). O cheiro refrescante de limão siciliano estava no sabonete e no aroma dos quartos. Depois de um demorado banho onde lavei minha alma, também ficou nela. Após o jantar, música ao piano no terraço com vistas para o Vesúvio, vinho, conversa agradabilíssima com os amigos americanos Richard e Elaine.
No dia seguinte, passeio pela cidade e visita à Ilha de Capri, que dista cerca de meia hora de barco, a partir de Sorrento. No verão a chegada ao porto é caótica. De lá, direto para o barquinho que leva à grande atração que se transforma no mico do turista deslumbrado: o passeio para a Grotta Azurra.  O barco pequeno é um transtorno para quem enjoa (ainda bem que não foi o meu caso), não tem banheiro e nem cobertura. Uma família muçulmana, cuja mulher e crianças viajavam com roupas que cobriam todo o corpo sofreu horrores.  Forma-se uma fila de barcos de todos os tamanhos na altura da gruta e a espera é de no mínimo duas horas. O ingresso na Gruta Azul é feito através de um pequeno bote, que cabe apenas 3 pessoas e têm que passar deitadas, pois é muito estreito e só é permitido na maré baixa. Pessoas com dificuldade de locomoção e claustrofobia não devem arriscar. Uma vez lá dentro,  é possível esquecer todos os transtornos e se maravilhar com a natureza – a água possui um tom de azul e uma luminosidade que não se comparam a nada mais. É uma das visões mais impressionantes de toda a vida. Pena que o tempo permitido é de apenas 3 minutos. A gruta possui uma acústica perfeita e não raro tenores se arriscam em algumas notas... Pessoa estava certo – tudo vale a pena se a alma não é pequena!
De volta a Capri, passeio pelas ruas e visita a Anacapri. Mais estradas sinuosas, montanhas e deslumbres para as vistas. A cidade é um charme e tem perfume de limão. Retorna-se com uma bagagem de imagens para alimentar a alma.
Saindo de Sorrento, segui para Amalfi em ótima companhia. Lá estava a cidade com a paisagem dos meus sonhos. Aliás, quase todas as cidades da Costa sobem as montanhas de paredão rochoso e demonstram que tudo é possível. Amalfi é bela. Aceitei um convite para conhecer Ravello e Positano, numa passeggiata de carro, à noite, pela perigosa Costiera. Desculpem, mas não deu pra tirar fotos...
No último dia da primeira viagem à Italia, decidi que eu era gente e merecia fazer nada na praia um dia inteirinho. Descobri que o hotel (Grand Hotel Excelsior - www.excelsior-hotel.it) tinha acesso a uma praia particular. Peguei o ônibus privado e desci no local de acesso, ainda no alto de uma rocha. Tomei um elevador que desce por dentro da rocha, por um tempo que desafiou minha claustrofobia, mas eu visualizava minha imagem de praia para tudo recompensar: água + areia + coqueiro). Na chegada, precisei rever meus conceitos. A praia era água + pedras, então abri um sorriso, relaxei e vivi uma despedida maravilhosa das férias.