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quarta-feira, 5 de março de 2014

Ainda em Florença: Palácio Pitti e Jardim de Bóboli – uma pausa necessária para perder e recuperar o fôlego.



O Palazzo Pitti abriga um complexo de museus e muitos traços da passagem da Família Medici, que o habitou por um bom tempo.  É um marco diverso no oceano da arquitetura rebuscada renascentista. A aparência é modernosa, clean e imponente, sem a presença de torres ou fossos que nos remetem à imagem dos palácios. Sua fachada de pedra e o pátio vazio, sem árvores causam um impacto visual diferente nos visitantes. Por dentro, o vermelho forte do revestimento de algumas salas e suas cortinas, quebrado pelo verde igualmente marcante de outras, reativam a memória da suntuosidade dos palácios. Obras de arte a perder de vista no único museu que não é claustrofóbico!







Mas não se impressione com o lado de fora, pois toda a glória do Pitti se encontra do outro lado, na beleza que é o grande parque chamado Giardino di Bobboli. O Palácio visto do outro lado parece ganhar vida e luz, mesmo que o prisma venha a partir de um dos famosos obeliscos “presenteados” pelo Egito.
 





O Jardim esgota os adjetivos. É a pausa para respirar e observar a cidade a partir do verde, mesmo no verão escaldante. Isabela de Medici, grande mecenas da Toscana, filha do Grão Duque Cosimo I, costumava colher frutas no pomar do Jardim para presentear os reis de todo o mundo que se hospedavam em Florença. Tramas importantes se desenrolaram nesse chão, inclusive parte da fictícia “Inferno” de Dan Brown. É uma área extensa com grutas, estátuas (algumas de péssimo gosto), fontes e passagens de recobrar o fôlego gasto na subida da ladeira. No topo está o Museu da Porcelana, com um jardim de rosas na frente, tudo muito claro e arejado, com todas as portas e janelas abertas e um banheiro charmoso, necessário após a subida. O melhor é visitá-lo quando está vazio, delícia de passeio. 














Do alto, uma vista das colinas toscanas de alimentar a alma por todas as gerações da vida. Inesquecível e imperdível. De outra ponta, após atravessar um gramado com frondosas árvores de descanso, avista-se Florença com todo o seu esplendor. 







terça-feira, 4 de março de 2014

Florentia - Firenze - Florença - onde sempre vale a pena voltar.



Posso viver mil anos e todas as vezes que meus olhos encontram esse cenário, o coração bate mais forte. Aqui se encontra a Igreja Santa Maria del Fiore ou Duomo de Florença, com a impressionante cúpula projetada por Brunelleschi, composta de tijolos encaixados e que resiste desde 1436, mais exatamente desde o dia 25 de março – ano novo florentino e meu aniversário nesta vida – quando foi consagrada pelo Papa Eugenio IV. Pode-se visitar a cúpula vencendo claustrofóbicos 463 degraus, mas isso é para os fortes. Dessa vez, apenas apreciei a paisagem de fora e de dentro da igreja, onde foi assassinado Giuliano de Medici, irmão de Lorenzo, o Magnífico. 





O símbolo da família Medici está por toda parte da cidade, afinal, foi ela a responsável pelo florescimento artístico, político e cultural, fazendo-a despontar para o mundo e ser até hoje a joia mais preciosa do renascimento, erguida aos olhos da humanidade, onde cada passo é o risco de encontrar uma obra de arte conhecida dos arcanos da história, fixada em tantas imagens reproduzidas nos livros que nos formaram.
  





A Basília de San Lorenzo era a Igreja preferida da Familia Medici, os Senhores de Florença que governaram a cidade por mais de 3 séculos. É uma das igrejas com arquitetura mais simples, mas não menos sofisticada, com prevalência do branco no seu interior, inclusive no teto. Particularmente considero a mais bela de Florença.
Ao fundo, pode-se visitar as Capelas Mediceas, onde se encontram os túmulos de diversos membros da família, incluindo Giuliano e Lorenzo, com obras de Michelangelo. Ao lado desse complexo funciona uma feira livre onde se compra artigos de couro, echarpes, lembrancinhas. Essas foram as cores do verão de 2012.






Pelas ruas da cidade, deparamo-nos com a nova arte. As grandes marcas de roupas e sapatos, causando deleite aos olhos e fantasias.
  





Nem tudo são flores em Florentia...as hordas de turistas no verão podem tornar o principal cartão postal da cidade – a Ponte Vecchio – um verdadeiro tormento, mas não são capazes de apagar o romantismo que resiste ao tempo e ao calor. Aliás, a segunda imagem esquentou geral minhas ideias. Depois disso, só picolé e sorvete de Lavanda para refrescar o corpo.







Da Galeria Uffizi, uma das mil vistas deslumbrantes da Ponte Vecchio, da Cúpula do Duomo e mais beijos. Acho que começo a entender o motivo de tantas sorveterias espalhadas por aqui...
 







E para finalizar, as imagens do pôr do sol dourado, que ficam na lembrança de quem se aventura a esquecer a pressa que persegue o turista e deixa se perder ou se achar diante de tanto exagero de beleza.