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domingo, 26 de junho de 2011

Lucca - a pérola da Toscana

Numa distância de 20 minutos de trem, a partir de Pisa,  está a cidade murada mais encantadora da da Toscana. Possui ares de interior, com suas ruazinhas estreitas, praças onde seus habitantes se encontram para comentar as notícias do dia, restaurantes intimistas com vinhos produzidos na região, tem o dom de nos fazer sentir na varanda de casa. Tem a vantagem de ser percorrida a pé, sem que ao fim do dia estejamos acabados. Sobre seus muros largos, pode-se fazer passeios de bicicleta, caminhadas, corridas, pequeniques, tudo sob as árvores que refrescam o sol abrasante do verão.
Além de seus encantos mil, tem a honra de ser a terra natal de Puccini e abrigar o único festival de música permanente no mundo, com apresentações diárias na Basílica de San Giovanni, ao preço de 17 Euros, das 18:00 às 19:15. Essa é sem dúvida a experiência mais autêntica para se viver na Italia. Os concertos são emocionantes e revelam artistas para o mundo. Para saber mais: http://www.puccinielasualucca.com/.
No verão, ocorre também o famoso Lucca Summer Festival, que recebe artistas internacionais para shows na Piazza Napoleone - uma praça oval, que fecha o acesso para algumas ruas e se enfeita de cadeiras, turistas e italianos de toda a parte para festejarem a estação onde a vida pulsa mais forte. Ano passado assisti ao show de Simply Red. Este ano cantarão Zucchero, Elton John, Joe Cocker, B.B. King, Amy Winehouse, Ben Harper, Liza Minnelli e James Blunt, entre outros.
Como dica de hospedagem, sugiro um hotel charmoso e sofisticado na simplicidade, abrigado numa caasa de apenas 7 quartos, na Via Finllungo, chamado Palazzo Busdraghi: http://www.apalazzobusdraghi.it/.
Lucca é uma cidade que nos convida a lembrar da vida simples, das coisas que nos fazem felizes, dos amigos e do prazer de existir. Os sites de turismo costumam dar a dica de um passeio de um dia, mas todos saem de lá querendo voltar!













quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pisa – um caso de amor...

Pisa é uma província da região Toscana da Italia, que já foi na Idade Média uma importante república marítima do Mediterrâneo, com um porto de  localização estratégica para o transporte de mercadorias na Europa.  A cidade é conhecida por abrigar a famosa Torre Pendente ou Campanário, na praça chamada Campo dei Miracoli, juntamente com um conjunto arquitetônico (Catedral ou Duomo, Batisterio e Cemitério ou Camposanto) de cair o queixo dos milhares de turistas que ali chegam para ver um dos mais fortes símbolos da Italia.
Numa tarde quente de verão, é muito agradável deitar na calçada fresquinha de mármore branco do Duomo ou nos gramados do complexo e ficar a observar, em silêncio, aquela imensidão de mármore sob o azul do céu, o milagre da torre que não cai, apesar da inclinação que chega a quase 4 metros, os caminhos que conduziram até ali... Ao redor, o som de diversos idiomas e todos com o mesmo espanto.  Mas esta é uma Babel que desperta o sentimento de paz!
Os 296 degraus da Torre precisam de coragem e saúde para enfrentá-los.  A subida, proibida para crianças abaixo de 8 anos, é por uma escadaria estreita de degraus altos, em caracol. A chegada ao topo tem sabor de vitória! No alto, a bandeira vermelha tremulando, o sino e uma vista impressionante da cidade.  Caso pretenda subir, chegue cedo para comprar o ingresso. Sobem 30 pessoas a cada meia hora, numa visita guiada e a fila é grande. Lá custa 15 Euros, mas pode ser comprado pela internet, por 17. Com mais 2 Euros, visita-se a Catedral, que abriga os restos mortais de San Ranieri , o púlpito de Giovanni Pisano, quadros enormes e muito bonitos, além da famosa Lâmpada de Galileu, assim chamada por se acreditar que seus estudos sobre o pêndulo foram desenvolvidos a partir da observação deste lustre e suas lâmpadas. Informações sobre ingressos no site http://www.opapisa.it/it/home-page.html
Mas Pisa é muito mais. Uma cidade antiga e nova, cortada pelo rio Arno, com pontes, ruas de compras (Corso Italia e Borgo Stretto), restaurantes, monumentos, praças, com destaque para a Piazza dei Cavalieri. Tem muita gente jovem circulando, porque abriga uma importante universidade.
Com a minha curiosidade, quis ver o mar. Após informações, fui ao Sunset Café, na Marina de Pisa, há uns 10 km da cidade. Um barzinho à beira mar cheio de gente bonita, que espalha esteiras e almofadas sob a areia e acende velas para os freqüentadores apreciarem o pôr-do-sol, ao som de boa música e bebida. Detalhe, paga-se pela bebida, mas a comida (petiscos, frutas e massa) é de graça!
A cidade é acolhedora, o povo é agradável, os preços são os mais baratos da região e a estação de trem leva a muitas cidades importantes. Ou seja, para mim, o melhor lugar para deixar as malas e partir para pequenas aventuras com uma mochila nas costas.
Bem, nem todos os detalhes precisam ser falados. ;)











terça-feira, 21 de junho de 2011

Pompéia - das cinzas para a história

Pompéia e seus 20.000 habitantes foram soterrados pelas cinzas do vulcão Vesuvio, no ano 79 d.C. Após 1600 anos, foi reencontrada por acaso, tornando-se um dos sitios arqueológicos mais impressionantes de se visitar, seja porque é uma cidade inteira, onde se pode imaginar a sua vida intensa antes do desastre, seja pelos moldes dos corpos, das vitimas, tomadas de surpresa em plena siesta da tarde. Fui ao seu encontro numa excursão da http://www.appianline.it/, num dia quente de verão e as cinzas pareciam ainda queimar sob meus pés. A visita começa pela área onde ficavam os teatros, subindo, chegamos ao centro da antiga cidade, com suas ruas bem preservadas e muitas casas sendo restauradas. Por ficar numa área alta, recebe uma fresca brisa do mar. As casas eram espaçosas e percebe-se que abrigavam gente rica. Já restaurado está o prostíbulo, com as camas de pedra  - muito pequenas e com pinturas eróticas na parede. O Forum, o mercado, as termas, uma casa de um rico senhor são os locais de visitação. A presença dos muitos turistas pode ser algo até irritante, mas depois de muito andar pelas ladeiras e ruas da cidade fantasma, servem para uma vaga noção de que ali havia muita vida.  Ao fim, uma breve parada em Nápolis, apenas para uma foto do seu mar.








domingo, 19 de junho de 2011

Veneza - cidade sobre as águas

Aqui as águas não são de março e nem novidade de verão. A cidade foi construída num arquipélogo do mar Adriático, sobre a Lagoa de Veneza. É cortada por canais que formam grandes avenidas, por onde navega a população que se desloca na cidade, de vapporeto - transporte público (6 Euros), de barcos pequenos, taxis aquáticos e claro, as famosas gôndolas a embalar os sonhos dos turistas endinheirados e românticos (de 80 a 200 Euros).
Segundo o winkipedia, a cidade está coberta por 177 canais, 400 pontes e 118 ilhas, estando localizada entre a foz do rio Ádige (a sul) e do rio Piave (a norte). O povo da cidade habita mais o continente e trabalha no centro histórico.
É uma boa pedida se perder pelas ruelas e cruzar pontes (com um mapinha na mão para facilitar a vida), encontrar bons restaurantes, namorar muuuiiitto e tirar fotos maravilhosas.
A dica é pegar o vaporetto para Piazza San Marco e visitar a catedral homônima, tomar um chá no Caffé Florian http://www.caffeflorian.com/, ao som de violinos e ter certeza: você também é gente! Depois, comprar muitas coisinhas de murano nas ilhas de Murano e Burano e terminar a tarde na região da Ponte Rialto, onde tem bons restaurantes sem o risco de estourar o cartão de crédito.
Caso queira ir ao Harry's Bar, provar o original dirnk Bellini, lembre que homem não entra de bermuda!! Ah, o tal - coquetel de champagne com pêssego - custa a bagatela de 14 Euros.
Veneza é uma cidade ameaçada. A manutenção dos prédios é muito cara e se não fosse pelo turismo, já teria afundado. Em compensação é um colírio para os olhos, uma experiência que embevece a alma e também nos faz rever conceitos. O encontro obrigatório com a água, para o deslocamento diário, ameniza a agitação da alma e nos convida a sermos mais humanos que máquinas. Talvez por isso Veneza encante tanto os casais, por abrir as comportas para o amor.








quinta-feira, 16 de junho de 2011

Florença - Firenze - tesouro artístico da Italia

Florença balançou minha maneira de ver o mundo. Ao andar pela primeira vez nas ruas às margens do rio Arno, perguntei-me qual o problema com as lojas de material de construção daquela cidade, por que os prédios tinham fachadas tão decadentes, por que não havia tinta, azulejo, cimento, tudo era tão velho?
Esse choque foi logo trocado por uma paixão pelo diferente. É um outro padrão, o que preserva sem destruir, o que faz belo o decadente. Florença é uma academia a céus abertos e com uma modernidade que até hoje impressiona e espanta os desavisados. Uma obra de arte a cada passo, falta o fôlego, o coração acelera, é a famosa Síndrome de Stendhal (http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Stendhal). Impossível não sucumbir a tanta beleza.
Davi de Michelangelo - a cópia está na Piazza della Signoria e o original está na Galleria dell'Accademia - http://www.uffizi.firenze.it/musei/accademia/
Loggia dei Lanzi - também na Piazza della Signoria - é uma galeria aberta com esculturas como o Rapto das Sabinas, de Giambologna e Perseo, de Cellini.
Nesta mesma praça está o Palazzo Vecchio, palco de inumeras passagens históricas e políticas, com repercussão em toda a Italia.
A Catedral Santa Maria del Fiore, o Battistero e o Campanile formam um belíssimo conjunto arquitetônico religioso, que impressiona por ser todo revestido em mármore , de várias cores, com predomínio do branco e verde. Na Catedral está a Pietá de Michelangelo. Ali aconteceu o assassinato de Giuliano di Medici, que mudou o runmo da história de Florença.
Na Galleria degli Uffizi, encontram-se a formosa Vênus de Botticelli, a Madonna de Giotto, a Anunciação de Leonardo da Vinci e tantas outras, que valem a visita: http://www.uffizi.firenze.it/musei/uffizi/
Meu amigo Thennisson Doria me fez viver um dos passeios mais agradáveis, às 05:30 da manhã, saímos do hotel, em Santa Maria Novella, passando pelo Arno, Ponte Vecchio e chegando até a Piazza della Signoria, que estava mágica ao nascer do sol, tendo como testemunhas apenas os dois carabinieri que a guardam. Falando em Ponte Vecchio, segue o link do clip de uma cantora brasileira interpretando um dos clássicos, da ópera Gianni Schichi, de Puccini:

O mio babbino caro, com Carmem Monarcha

E fotos: