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domingo, 25 de setembro de 2011

Milão cinza, mas com flores.

Não posso dizer que conheci Milão, pois preferi ficar na cidade de Como, à beira do lago e fazer apenas um passeio guiado de uma tarde pela capital mundial da moda, comprado pela Viator(http://www.viator.com/Milan-attractions/Da-Vincis-Last-Supper-Il-Cenacolo/d512-a727). Minha opinião é deveras superficial, pois não vivi a cidade nem saí do roteiro turístico. Quero voltar para mudar minha impressão.
Peguei o trem (eurostar) na estação Como San Giovanni, pela manhã e desci direto na estação central de Milão, a Milano Centrale, que é uma estação enorme de trem e metrô, com um movimento enlouquecedor de gente de todo o mundo. Comprei o bilhete de retorno para as 20h00, muito metida, falando como uma italiana. Fui de metrô até o local de onde sairia o tour – Foro Bonaparte e almocei por ali. Para começar o restaurante, Farinella, era cheio de mosquitos, grandes e famintos pernilongos e havia “sentinelas” queimando por todo o seu entorno. A comida não foi muito boa e o serviço, sofrível. Fiquei me esforçando para gostar da cidade, mas só conseguia defini-la como cinza, fria e cheia de mosquitos...   
O tour foi muito bom, começando com um passeio pela centro histórico, onde, a partir da visita ao Teatro La Scala (luxuoso), caminhamos pela Galeria Vittorio Emanuele (Shopping Center cuja arquitetura deslumbra os olhos mais do que as vitrines das marquinhas famosas), visitamos a famosa catedral de Milão (com suas 136 torres branquinhas indicando o caminho do céu...aos ricos), depois seguimos de ônibus para o Castelo Sforzesco (um dos lugares mais agradáveis da cidade, com um parque maravilhoso ao fundo) e por último a Igreja Santa Maria delle Grazie, onde se encontra a famosa pintura de Leonardo Da Vinci – a santa ceia. Para chegar até ele, uma infinidade de portas de vidro vigiadas que só se abrem para o próximo compartimento no momento em que o grupo anterior o esvazia. Mas vale a pena demais da conta. Fica na parede do fundo de um grande salão vazio, antigo refeitório do convento anexo à igreja. Já está bastante desgastada e os 15 minutos permitidos da vista voam! Sugiro que leiam antes sobre a obra, para poder apreciar melhor os detalhes
Encontrei um colírio para os olhos no outdoor de Cristiano Ronaldo tomando uma parede inteira do prédio da Armani e também flores mimosas nos jardins do Castelo e da Igreja.
Terminado o tour, voltei à estação, passeei no seu entorno, fiz um lanche e demorei bastante para descobrir que deveria pegar um trem até Monza e de lá outro para Como. Era um bem antigo da Trenitalia O trajeto era por bairros de periferia com prédios amontoados, esgoto e sujeira, o que me impressionou, pois não costumam aparecer nas imagens de uma cidade que é destacada como o pólo mundial da moda, do luxo e da ostentação. Voltando ao trem, tive a impressão de que os passageiros não pareciam muito amigáveis, mas percebi que eram simples trabalhadores extenuados que retornavam da lida. Cheguei em Monza já na escuridão da noite, caminhei por uma estação deserta até o binário indicado e esperei tensa por uma meia hora. Tinha certeza que estava num filme duvidoso. Apareceu um bêbado, uns rapazes barulhentos... e uma senhorinha com sacolas pesadas de compras. Perto dela respirei mais aliviada. Ao chegar a Como, tinha de atravessar uma praça imensa e escura e resolvi testar meus dotes atléticos até ter a sensação de segurança, que só chegou por completo quando tomei aquele banho, enrolei-me nas cobertas e ouvi do outro lado da linha a voz conhecida a dizer: “Filha, está tudo bem?”
Saguão do Teatro La Scala

Galeria Vittorio Emanuele
 Duomo de Milão

 Castelo Sforzesco




 Pátio da Igreja Santa Maria delle Grazie - onde está "A Santa Ceia" de Da Vinci
 Sem comentários... perdi o fôlego!

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