Florença é meu porto de chegada e falar sobre ela nunca é
demais. Será isso amor? Jamais se cansar e cada vez mais se encantar ao rever o
objeto da adoração? Encontrá-la em 2015 foi uma longa jornada. Da minha cidade
a Salvador e de lá a Lisboa, em seguida Roma. O coração repleto da nostalgia pelo
regresso a com a ausência da amiga que deu sentido a muitas experiências
italianas, ao me apresentar Lajatico, Orciatico e sua gente. Desta vez ela
resolvera fazer uma viagem maior e deixou saudades imensas nos corações que
puderam se beneficiar da sua generosidade. Engano meu, sua presença sutil me
protegeu o tempo todo e inspirou boas risadas, ainda que pinceladas da melancolia
dos caminheiros destas plagas.
Quando aterrissei em Roma, por volta das 10h00, desagradável
surpresa! A mala não chegou. Outras cinco pessoas na mesma situação, com olhos
vidrados na esteira, sem respirar aliviados. Destas, uma se tornou amiga e após
sermos notificadas que ficaram em Lisboa e chegariam mais tarde, levou-me com
seu gentil companheiro a um passeio pela Cidade Eterna, com direito a almoço e
sorvete. Finalmente nos entregaram às 17:00 e ainda tive a graça de uma carona
até a estação, para seguir a Florença. O mais interessante é que não me
desesperei em momento algum. E na volta para casa uma das malas demorou 3 dias
para chegar (volto com duas porque mesmo com o Euro deselegantemente alto, não
resisto a livrarias, nem a garrafas de vinho, estas, no limite da lei).
Pratiquei o mantra aprendido na estrada: no final tudo dá certo! E assim cheguei
em Florença ainda em tempo de ver o pôr-do-sol na praça Santa Maria Novella e
depois um jantar poético num restaurante chamado “Osteria del Porcellino” (http://www.osteriadelporcellino.com/it/
). Depois de comer e beber, a vida se restabelece para qualquer um.
Muitas caminhadas sem rumo durante o dia, uma visita à
Farmácia e Perfumaria Santa Maria Novella (www.smnovella.it/)
para sentir os perfumes
florentinos; concertos de verão; descobertas gastronômicas, com destaque
especial ao jantar de despedida no restaurante Buca Mario (http://www.bucamario.com/), onde comi
Ossobuco, que é um osso generoso com tutano; acompanhado do vinho que eu mereço
e para fechar com chave de ouro, a famosa Torta da Vovó.
O calor de quase 45ºC me fez caminhar mais à noite.
Deixo-vos com fotos do entardecer mais belo do planeta e a noite da cidade que
é um museu a céu aberto. Razões para
voltar? Basta fechar os olhos e começar a sonhar...
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